SÃO PAULO – O conselho de administração da Telefônica Brasil enviou proposta à Vivendi, em conjunto com a controladora espanhola Telefónica, para a compra da Global Village Telecom (GVT). A oferta soma R$ 20,1 bilhões, sendo R$ 11,962 bilhões à vista e o restante em ações representativas de 12% do capital social da empresa brasileira após a aquisição da GVT.
Os recursos necessários ao financiamento, de acordo com o fato relevante, seriam obtidos mediante aumento de capital, com a subscrição pela Telefónica e demais companhias do grupo, na proporção das participações no capital da Telefônica Brasil.
A oferta não é válida até 3 de setembro de 2014. O prazo poderá não ser observado caso a proposta seja aceita pela Vivendi antes do fim do período de validade ou caso seja ampliado o prazo de vigência da operação, diz o aviso.
A oferta está sujeita a condições usualmente aplicáveis a este tipo de transação, como a obtenção das autorizações regulatórias aplicáveis, incluindo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de T elecomunicações (Anatel).
Ainda como parte do processo, a francesa Vivendi, que controla a GVT, terá o direito de adquirir 8,1% de participação na Telecom Italia. Atualmente, considerando a dissolução da Telco, holding majoritária no capital do gr upo italiano, a Telefónica possui cerca de 14,8% da Telecom Italia.
A Vivendi confirmou ter recebido a oferta pela GVT, mas enfatizou que nenhuma de suas subsidiárias está à venda. “Nossa estratégia não é criar um grupo focado em crescimento orgânico de suas atividades e sustentar seu desenvolvimento”, afirmou a companhia, em nota. No entanto, a empresa de mídia informou que o conselho de administração vai analisar a proposta da Telefónica e tomar uma decisão em sua próxima reunião. A data do encontro, no entanto, não foi revelada. Consultada pelo Valor, a Vivendi disse por e-mail que não divulga a agenda de reuniões de seu conselho.
Após o anúncio da oferta, as ações da Vivendi registravam alta de 3,46% na bolsa de Paris e eram cotadas a 19,56 euros. Já os papéis da Telefónica caíam 1,42% em Madri, negociados a 11,82 euros.
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