Startup que automatiza vídeos publicitários para empresas recebe R$ 2 milhões
A Chili Gum defende a automação criativa para criar peças publicitárias. A adtech atende 24 clientes de médio e grande porte, como iFood, Magazine Luiza e Rappi
As empresas estão se adaptando às demandas provocadas pela pandemia, inclusive por meio da associação com startups. A Chili Gum, por exemplo, usa automação para resolver o problema de produzir um grande volume de publicidade digital de forma escalável.
A startup de publicidade (adtech) anunciou a captação de um novo aporte de R$ 2 milhões. O investimento foi divulgado com exclusividade a Pequenas Empresas & Grandes Negócios. A Chili Gum usará os novos recursos para novos canais de aquisição, desenvolvimento de tecnologia e expansão da equipe.
A Chili Gum foi criada pela empreendedora Deborah Folloni. A designer atuava fazendo vídeos explicativos para startups de forma freelancer. “Tive muito contato com startups. Também queria um negócio escalável no setor de vídeos, que até então pareciam um processo completamente artístico”, diz Deborah. Depois, os sócios Leonardo Sales (cofundador da Movile) e Rogerio Benetti (cofundador das startups Fiveware, Icaptor e Elbruus) se juntaram à adtech.
Sua produtora se transformou na Chili Gum. Criada em 2015, a startup promete uma automação criativa de peças publicitárias. As empresas escolhem um dos templates prontos da Chili Gum e sobem tabelas de Excel com os dados dos produtos a serem anunciados (como nome e preço). A adtech une essas duas pontas e cria materiais automáticos, com diversas variações. A Chili Gum já produziu 6 milhões de arquivos. Nove em cada dez conteúdos produzidos ainda são vídeos, mas também há anúncios e banners.
A Chili Gum atende empresas de médio e grande porte, que possuem mais necessidade em agilizar a produção de seu material publicitário. Segundo a adtech, a solução aumenta em até 13 vezes a produtividade das equipes de criação e marketing. A Chili Gum atende 24 clientes de médio e grande porte, como Banco Modal, iFood, Loft, Lopes Imobiliária, Magazine Luiza e Rappi.
A Chili Gum já havia captado um aporte no início do negócio, em 2015. O investidor anjo Alexandre Badolato fez um aporte de R$ 600 mil no negócio. O capital foi direcionado para o desenvolvimento da tecnologia que automatiza vídeos.
Este novo investimento de R$ 2 milhões foi dividido igualmente entre os fundos GV Angels e BR Angels. Foi o maior aporte já realizado pelo GV Angels, associação de investimento composta por alunos e ex-alunos da Fundação Getulio Vargas (FGV).
O GV Angels tem 17 startups no portfólio. “A Chili Gum produz peças criativas de maneira muito mais barata e rápida do que o caminho normal, pelo contato com agências. É um produto com aderência no mercado nacional e internacional”, afirma o diretor executivo Wlado Teixeira. “A startup teve um aumento relevante de faturamento em março, abril e maio. As projeções que a empresa havia passado anteriormente foram superadas.”
Texeira destaca como a Chili Gum possui alguns concorrentes globais com captações relevantes. Exemplos são a americana Vidmob (US$ 44,9 em investimentos captados), a israelense Idomoo (US$ 27 milhões) e a finlandesa Smartly.io (comprada por US$ 220 milhões)…. Leia mais em pegn 25/06/2020