Com dinheiro, Rodrigo Caseli, presidente da rede, tem a meta de faturar R$ 700 milhões em 2014
Na disputa para cair nas graças dos consumidores de roupas e produtos para “vestir” a casa, quem aparece nas primeiras colocações são a anglo-holandesa C&A, a gaúcha Renner e a potiguar Riachuelo. Porém, nos últimos cinco anos, a mato-grossense Lojas Avenida vem correndo por fora. Agora, ela parece ter encontrado o parceiro ideal para tentar se impor diante das gigantes.
Rodrigo Caseli esperar elevar as vendas para R$ 700 milhões em 2014
Na quinta-feira 13, o fundo de investimentos Kinea, do Banco Itaú, anunciou o desembolso de R$ 250 milhões para assumir uma fatia de 25% da empresa fundada em 1978, em Cuiabá, pela família Caseli. Afinal, o que o fundo viu na rede? Com 110 filiais, a Lojas Avenida se firmou como um competidor importante nas regiões Centro Oeste e Norte. No ano passado, suas vendas somaram R$ 530 milhões, um crescimento de cerca de 80% em relação ao apurado em 2010.
A transação fixa em R$ 1 bilhão o valor de mercado da rede, o que representa dez vezes do valor de seu Ebtida (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Além disso, lhe garante o fôlego necessário para acelerar seu ritmo de crescimento. “Se chegou a esse preço não é porque a companhia tem muito espaço para crescimento”, afirma Dоuglas Carvalho Jr., sócio-diretor da Target, que intermediou as negociações.
Fontes ouvidas pela DINHEIRO disseram que, mesmo com a injeção de capital, a estratégia da rede permanecerá idêntica. Ou seja: ocupar as cidades de porte médio, sempre fugindo da competição direta com as gigantes, como gosta de pontuar o primogênito do fundador Ailton Caseli, Rodrigo Caseli, 36 anos, presidente da Lojas Avenida. Também está nos planos da rede entrar no comércio eletrônico. Com isso, a família espera acelerar a taxa de crescimento e atingir a meta de faturamento de R$ 700 milhões, em 2014. Se concretizado, seria o maior salto na trajetória de 36 anos da empresa.
Essa não não é a primeira tentativa da Lojas Avenida em conseguir um sócio. Em 2011, a empresa foi assessorada pelo banco UBS para buscar um fundo investidor, mas as propostas não agradaram aos Caseli. Agora, além de encontrar um parceiro capitalista os integrantes do clã mantiveram sua área de poder. Ailton será o presidente do conselho de administração, enquanto os filhos Rodrigo e Christian atuarão como CEO e CFO, respectivamente.
fonte: https://www.istoedinheiro.com.br/noticias/141453_POR+QUE+O+KINEA+PAGOU+R+250+MILHOES+POR+UMA+FATIA+DA+LOJAS+AVENIDA