Para Douglas Carvalho, Consultor Titular na Target Advisor, empresa especializada em Finanças Corporativas, o que devemos esperar da economia no próximo governo é manter os planos nos trilhos. Mas, segundo ele, o setor de serviços deve sofrer com a instabilidade do primeiro trimestre.
Douglas Carvalho, 12 anos de mercado financeiro, Consultor Titular na Target Advisor, empresa especializada em Consultoria Financeira, Reestruturação Empresarial e Recuperação Judicial, Fusão e Aquisição, Valuation e Finanças Corporativas, a tônica do começo do ano deve ser a incerteza: “apesar da instabilidade do momento, é importante que o novo governo comece, desde já, a passar uma tendência de permanência das políticas econômicas”, enfatiza.
Para ele, os investimentos estrangeiros devem permanecer, independentemente da mudança de governo: “somos um país continental, terceiro do mundo na produção de alimentos, de carnes, maior ativo educacional, uma das melhores saúdes, isso vai continuar. A única coisa que poderia influenciar, mas não acredito que vá acontecer, seria a taxação de commodities, de produtos base, como o aço e a soja, numa tentativa de ajudar a indústria nacional”.
Douglas lembra: “2022 mostra números muito melhores do que 2019, ou seja, conseguimos ‘vencer’ as sombras da pandemia, e a própria Petrobras, mesmo depois do resultado das eleições, divulgou um lucro gigantesco. Isso mostra que o país está crescendo e que a tendência do novo governo precisa ser a de manutenção desse crescimento”.
Ainda assim, o empresário reforça, a insegurança vai ser grande, pelo menos no primeiro trimestre do ano e quem deve sofrer com isso são os prestadores de serviço: “as empresas devem priorizar o crescimento do caixa e esperar até depois do carnaval para voltar a investir”, explica.
Para ele, o mais importante para a confiança dos investidores no país e para que as empresas sigam prosperando é a manutenção do dólar e a negação de qualquer grande aventura econômica. “Não acredito que a nova equipe de governo fará grandes mudanças, inclusive para evitar o acaloramento da opinião pública. Entretanto, uma certa cautela nunca fez mal a ninguém”, finaliza.