Grupo paga R$ 1,2 bi por torres do Rochaverá
Consórcio formado por BTG Pactual, Safra e pela gestora de private equity Kinea fechou ontem a aquisição da totalidade de duas torres do Rochaverá, empreendimento corporativo de padrão “triple A” localizado na zona Sul da cidade de São Paulo, por R$ 1,255 bilhão, segundo o Valor apurou. A informação foi antecipada pelo Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.
O negócio marca a primeira grande operação de compra e venda do mercado corporativo paulistano em 2021. E é também o maior valor movimentado em uma aquisição do segmento de escritórios nos últimos anos.
A operação representa aposta dos três compradores no mercado corporativo de alto padrão, mesmo em um cenário em que ainda há questionamentos em relação aos rumos do segmento. O sistema de trabalho remoto (“home office”), que vem ocorrendo desde o ano passado em muitas empresas, como consequência da pandemia de covid-19, esvaziou os escritórios.
Segundo fonte, BTG, Safra e Kinea avaliaram que, como há poucos prédios de escritórios de alto padrão em produção, faltarão áreas para locação, no mercado paulistano, no prazo de dois a três anos, o que justificaria a compra. A fonte acrescenta que, na região da Chucri Zaidan, onde se localiza o Rochaverá, existem várias multinacionais e empresas de tecnologia instaladas, ou seja, ocupantes com perfis menos voláteis à crise.
O vendedor das torres Marble e Ebony é um investidor estrangeiro representado pelo Korean Exchange Bank (KEB). BTG e Safra terão 40% de participação, cada, enquanto Kinea ficará com os demais 20% dos ativos. Cada um dos três compradores participou do negócio utilizando como veículo um fundo imobiliário. Os valores já foram desembolsados, de acordo com fonte.
Inicialmente, BTG, Kinea e Safra competiram pelos ativos, mas acabaram se unindo para fechar a operação em conjunto, em função dos valores envolvidos.
O preço pago por m2 foi de cerca de R$ 22 mil. Se as compradoras fossem adquirir um terreno e construir as duas torres, o custo ficaria na faixa de R$ 20 mil a R$ 25 mil por m2, e ainda seria necessário tempo para obtenção de licenças e para a construção antes de o ativo entrar em operação.
Do R$ 1,255 bilhão pago pelas duas torres, R$ 100 milhões se referem a garantia que os compradores receberão no caso de a rentabilidade dos ativos ficar inferior a 7,25% em três anos.
As duas torres comercializadas do Rochaverá têm área bruta locável (ABL) que soma quase 57 mil metros quadrados. … – Valor Econômico Leia mais em clippingdotblog. 19/02/2021