São Paulo – Para se sobressair no mercado de educação, o grupo Cruzeiro do Sul Educacional está comprando escolas e universidades já consolidadas. Tendo adquirido quase duas empresas por ano desde 2007, o grupo acredita que ainda há espaço para crescer.
O ritmo acelerado de aquisições começou em 2007, mas se intensificou em 2012, quando o grupo de private equity Actis investiu 180 milhões de reais no grupo, em troca de uma fatia de 37%. Em oito anos, ela adquiriu 14 instituições.
Com apenas 38 mil alunos em 2012, hoje ela tem 130.000 matriculados em cursos presenciais e à distância.
Recentemente, ela adquiriu o Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio – CEUNSP, além de colégios nas cidades de Itu e Salto.
Mas o grupo ainda não pensa em frear o ritmo de crescimento, apesar da crise econômica no país. “Temos caixa e um nível e alavancagem confortável, temos fôlego para continuar crescendo”, diz Fábio Figueiredo, diretor de planejamento da Cruzeiro do Sul Educacional.
Com faturamento de 750 milhões de reais em 2014, o grupo prevê chegar a 850 milhões de reais em 2015 e a 1 bilhão de reais em receitas em 2016.
Concorrência regional
Figueiredo afirma que o objetivo não não é fazer frente a gigantes como Kroton e Estácio, pois, para ele, a competição no ensino superior não é regional, e não nacional.
“Para crescer por meio de aquisições, nossos alvos são colégios ou universidades que são líderes em seus mercados, marcas conhecidas regionalmente”, diz Fábio Figueiredo, diretor de planejamento da Cruzeiro do Sul Educacional.
Seus concorrentes mais diretos são o grupo Ser Educacional e Anima.
Segundo Figueiredo, o grupo também cresceu de forma orgânica em 2014 e 2015. O número de alunos nos cursos de educação à distância cresce 40% a 50% por ano, por exemplo – em 2015, eram 40 mil alunos nessa modalidade.