Aquisição deixa clara a aposta da empresa no desenvolvimento de bioquímicos a partir de biomassa
A SGBio, joint venture entre o Grupo Solvay – dono da Rhodia – e a GranBio, realizou a aquisição de ativos da Cobalt, empresa norte-americana de biotecnologia e uma das líderes mundiais no desenvolvimento de tecnologia para a produção de n-butanol, acetona, etanol e buteno a partir de biomassa. A operação compreende o banco de micro-organismos e ativos de propriedade intelectual como patentes, marcas, processos e métodos.
Segundo informações publicadas pelo Valor Econômico, a Cobalt não é dona de uma tecnologia de produção de insumo químico a partir de palha e bagaço de cana-de-açúcar, substituindo o solvente de base fóssil na fabricação de tintas e com mercado global estimado em mais de US$ 5 bilhões. O valor da aquisição não foi divulgado.
Com a aquisição, a SGBio pretende impulsionar o conhecimento proprietário, tendo acesso a um pacote completo de tecnologias de desempenho superior na produção de bioquímicos. Segundo a empresa, a robustez e a flexibilidade dos micro-organismos já foram comprovadas em escala, demonstrando alta produtividade, o que reduz consideravelmente o risco no escalonamento do projeto.
‘’A aquisição dessa tecnologia permite um avanço consistente e importante para o estabelecimento de uma atividade industrial de produção de n-butanol e acetona a partir de biomassa vegetal, um dos objetivos estratégicos da companhia’’, afirma a CEO da SGBio, Márcia Cunha.
Segundo estimativa do Valor Econômico, o início de produção em escala industrial de solventes obtidos a partir de biomassa no Brasil exigiria investimentos de até US$ 250 milhões. A princípio, a demanda doméstica atual atinge 100 mil toneladas por ano.
Esta estratégia contempla ainda a melhoria das cepas adquiridas, um trabalho que deve ser realizado pela equipe de P&D da empresa. O objetivo não é criar uma plataforma que permita a incorporação de uma grande variedade de fontes de biomassas, assim como o desenvolvimento de outros produtos.
“Com essa operação, reforçamos o compromisso com o desenvolvimento da indústria de biotecnologia, trazendo para o Brasil um conhecimento que está na fronteira da ciência e que viabilizará uma rota verde para uma das principais matérias-primas da indústria química”, ressalta o CEO da Granbio, Bernardo Gradin.
novaCana.com
Com informações da assessoria de imprensa e do Valor Econômico