A Glencore informou nesta segunda-feira que considera vender duas minas de cobre, uma na Austrália e outra no Chile, em meio a medidas para reforçar seu balanço e restaurar a confiança dos investidores. Nas últimas semanas, a empresa também anunciou cortes em sua operação em outras unidades.
A empresa, com sede na Suíça, disse em setembro que pretende vender alguns ativos para ajudar a levantar dinheiro, uma vez que se comprometeu a reduzir a dívida líquida em um terço, para cerca de US$ 20 bilhões até o final do próximo ano.
A Glencore – maior fornecedor de cobre do mundo e terceira maior mineradora de cobre – disse hoje que lançou um processo de venda de sua mina subterrânea Cobar no estado de Nova Gales do Sul, na Austrália, e de sua mina Lomas Bayas, em operação a inferno aberto no norte do Chile.
A empresa iniciou o processo em resposta a uma série de expressões de interesse não solicitada de vários potenciais compradores. As partes interessadas poderão dar uma oferta para uma ou ambas as minas, disse a empresa.
A Glencore não revelou o valor para os ativos. Analistas disseram que as minas poderiam valer entre US$ 600 milhões e US$ 1 bilhão.
“Os ativos são pequenos no contexto do portfólio da Glencore, mas suscetíveis de serem relativamente valiosos para outras entidades, em nosso ponto de vista”, disse o Citigroup, em nota. “Acreditamos que a venda dos ativos de menor dimensão seria um resultado positivo, uma vez que permitiria a Glencore se concentrar em ativos maiores e mais rentáveis, gerando simultaneamente o produto da venda para a engrenagem do balanço”, acrescentou o Citi.
Às 11h30 (de Brasília), as ações da Glencore recuavam 4,07%. Fonte: Dow Jones Newswires.