Por: Tatiane Bortolozi, Cibelle Bouças e Juliana Machado
SÃO PAULO – O conselho de administração da Hypermarcas informou nesta segunda-feira, em comunicado, que finalizou recentemente a análise das alternativas para a venda de seus produtos descartáveis, substancialmente compostos pelo portfólio de fraldas infantis e para incontinência. A empresa decidiu não manter os produtos no portfólio.
A Hypermarcas poderá vender os ativos ou buscar uma estrutura alternativa para segregar o negócio, segundo comunicado entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
“Esta decisão busca otimizar a atuação da companhia nos mercados-foco de saúde e bem-estar, bem como permitir a melhor compreensão do valor dos diferentes negócios e, consequentemente, do valor da companhia como um todo”, diz o comunicado.
A companhia estuda desde maio a venda do negócio de fraldas descartáveis infantis e geriátricas. A unidade, dona da marca Pompom, está avaliada em R$ 1,5 bilhão. Em 2014, registrou receita líquida de R$ 858 milhões.
Na teleconferência de resultados do terceiro trimestre, a Hypermarcas havia informado que Luiz Clavis, diretor comercial da divisão de consumo, vai assumir o negócio de fraldas, que será gerido de forma independente.
A Hypermarcas informa que voltará a comentar o assunto apenas no caso de concretização da venda ou da segregação dos ativos.
Ebitda
Em fato relevante, a Hypermercas anunciou a projeção para o ano de 2016. A companhia informou que espera para o próximo ano um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de aproximadamente R$ 1,1 bilhão.
A estimativa inclui o segmento farma, preservativos e adoçantes e exclui o negócio de produtos descartáveis e cosméticos.
A Hypermercas ainda convocou debenturistas da primeira emissão privada de debêntures simples para uma assembleia, no dia 9, para aprovar a venda do negócio de cosméticos à Coty, por R$ 3,8 bilhões.
Recompra
O conselho aprovou um programa de recompra de ações ordinárias da empresa, sem redução do capital social, para serem mantidas em tesouraria, canceladas ou futuramente vendidas.
Segundo comunicado, o prazo máximo para a realização das recompras não é de até 18 meses, com início hoje e término em 7 de junho de 2016. O total a ser adquirido não é de até 5 milhões papéis ordinários, que representam até 1,34% do total de 373.522.219 ações em circulação.
Fonte: Valor Econômico