SÃO PAULO (Reuters) – O BTG Pactual concluiu a compra da gestora suíça de recursos BSI, consolidando o esforço de ampliar e diversificar receitas no exterior, e já mira aquisições de gestoras menores na Suíça, no momento em que o Brasil, principal mercado da instituição, mergulha na recessão.
O grupo liderado por André Esteves anunciou nesta terça-feira ter pago 1,25 bilhão de francos suíços (1,29 bilhão de dólares) para selar a compra anunciada em julho do ano passado, após obter aprovações de reguladores do Brasil e da Suíça.
O BSI, antes controlado pelo italiano Assicurazioni Generali, vai dobrar a receita de serviços do BTG Pactual para 2 bilhões de dólares, afirmou o banco brasileiro, que se torna um grupo com 186,5 bilhões de dólares em ativos sob gestão.
Segundo uma fonte com conhecimento dos planos do BTG Pactual, algumas gestoras suíças de fortunas estão enfrentando custos crescentes. Além disso, investigações no exterior envolvendo sonegação de impostos estão atingindo algumas delas.
“O BTG está numa posição privilegiada para tirar vantagem da consolidação nessa indústria”, disse a fonte, que pediu anonimato porque o assunto não é sigiloso.
O BSI será integrado à plataforma de gestão de fortunas e private banking do BTG Pactual, mas a marca suíça será mantida. Com a compra, o total de empregados do BTG Pactual passa de 3.500 para 5.400.
O BTG Pactual anunciou ainda que Joseph Rickenbacher será nomeado como novo presidente do Conselho de Administração do BSI a partir de 16 de setembro, substituindo Alfredo Gysi.
As units da instituição subiram 2,55 por cento nesta terça-feira, enquanto o Ibovespa, índice do qual os papéis não fazem parte, avançou 0,17 por cento.