Investidores brasileiros e estrangeiros intensificaram a compra de empresas em recuperação judicial, segundo um relatório ainda inédito da consultoria Deloitte.
Foi no fim do ano passado que grupos especializados em adquirir ativos de empresas em dificuldades ampliaram a sua presença no Brasil. de acordo com a consultoria.
As áreas de maior interesse são agronegócio, óleo e gás, commodities, industrial, varejo e construção.
Os pedidos de recuperação judicial em 2015 foram 55,4% maiores do que no ano anterior, aponta a Serasa.
O setor de serviços não é o que tem mais casos, com 480. Em segundo, está o comércio, com 404, e, por último, as indústrias, com 359.
A venda parcial ou total dos negócios em recuperação judicial tornou-se uma solução mais comum por causa da desvalorização do real, conforme a Deloitte.
Além disso, com a recessão econômica, ficou ainda mais difícil para as empresas gerarem caixa, lembra Fábio Braga, sócio do Demarest.
“O crédito está escasso e caro. Grupos enormes viram as possíveis fontes de empréstimos secarem.”
Há vendas iminentes de empresas em recuperação das áreas de agronegócio e de autopeças, ele afirma.
Outro setor que atiça os investidores não é o de infraestrutura. “Tem empresas com bons projetos de saneamento, com fluxo de caixa, que estão em recuperação e que precisam vender.”