Construtora São José compra terreno da Ford em São Bernardo do Campo por R$ 550 milhões
Empresa venceu concorrência disputada com grades nomes do mercado imobiliário, como Brookfield, GLP e Autonomy
A Construtora São José venceu o processo de concorrência para a compra do terreno da Ford em São Bernardo do Campo (São Paulo) por cerca de R$ 550 milhões. A empresa disputava o negócio com grades nomes do mercado imobiliário, como Brookfield, GLP e Autonomy Investimentos, conforme apurou o InfoMoney.
A CBRE foi responsável por coordenar o processo de concorrência e a Fram Capital atuou na consultoria de estruturação financeira.
Segundo Mauro Cunha Silvestri, sócio da construtora, a transação marca a volta da São José, mais conhecida pelos empreendimentos no segmento de alto padrão, ao setor logístico, que fez parte da história da empresa em seu início.
“O mercado está receptivo novamente”, afirmou Silvestri, ao InfoMoney. Segundo ele, além da operação logística, a São José vai buscar negociar com alguma montadora para ocupar parte do terreno, que tem aproximadamente 1 milhão de metros quadrados, com cerca de 500 mil metros de fábrica.
A Ford, por sua vez, disse, por meio de nota, que a Construtora São José é um dos potenciais compradores, mas que a empresa não tem nada para anunciar no momento. “Forneceremos informações adicionais quando avançarmos para uma decisão final sobre a venda da planta de São Bernanrdo do Campo.”
Negociações desde 2019
A Ford anunciou em fevereiro de 2019 que encerraria a produção de caminhões no ABC Paulista, em uma operação que foi consolidada em outubro. A decisão de sair do segmento de caminhões na América do Sul seria necessária para a reestruturação dos negócios da empresa, afirmou a empresa em nota, na época.
A unidade tinha cerca de 2,7 mil funcionários no anúncio de encerramento das atividades. A fábrica de São Bernardo do Campo foi adquirida pela Ford há 52 anos.
Desde o anúncio do fechamento, havia uma busca por um comprador, encabeçada pela empresa e pelo governo do Estado de São Paulo, e que no início tinha como interessado o grupo Caoa, do empresário brasileiro Carlos Alberto de Oliveira Andrade. Por Beatriz Cutait Leia mais em infomoney 16/06/2020