Empresa prevê vendas abaixo de estimativas de analistas em 2016.
O diretor financeiro da Johnson & Johnson, Dominic Caruso, afirmou nesta terça-feira que está buscando alvos para aquisições, em que gastaria sua reserva em dinheiro, que soma US$ 18,5 bilhões. A declaração veio junto à divulgação de uma previsão de vendas abaixo das estimativas de analistas e informou uma queda de 2,4% nas vendas do quarto trimestre, atingidas pelo dólar forte.
A companhia, que obteve quase a metade de sua receita de fora dos Estados Unidos em 2015, disse esperar vendas em 2016 de US$ 70,8 bilhões a US$ 71,5 bilhões.
No entanto, o CFO da empresa de produtos de higiene e farmacêuticos afirma que será “paciente” na avaliação de possíveis negócios.
— É uma nível maior de dinheiro do que costumamos segurar e nós estamos procurando ativamente pelas oportunidades certas para enviar esse capital para criar maior valor para nossos acionistas — afirmou Caruso, segundo o “Financial Times”. — Mas seremos pacientes e só agiremos quando encontrarmos o acordo certo no preço certo com os parceiros certos.
Os analistas, em média, esperam um total de vendas de US$ 71,88 bilhões neste ano, de acordo com a Thomson Reuters. O lucro líquido da companhia no quarto trimestre subiu 28%, para US$ 3,22 bilhões de dólares, ou US$ 1,15 por ação.
Em bases ajustadas, a companhia teve lucro de US$ 1,44 por ação, acima da média das expectativas no quarto trimestre de US$ 1,42 de analistas. As vendas no quarto trimestre caíram para US$ 17,81 bilhões, mas vieram em linha com a estimativa média de US$ 17,88 bilhões.
TENTATIVA FRUSTRADA
A J&J tentou comprar a Pharmacyclics, fabricante de remédios para o tratamento de câncer sanguíneo, em março do ano passado, mas perdeu a disputa para a AbbVie, que comprou a empresa por US$ 21 bilhões.
— Só porque não fechamos um grande negócio, eu não presumiria que não estamos engajados ou envolvidos — declarou Alex Gorsky, diretor executivo da empresa.
Na semana passada, a empresa anunciou que cortaria 3 mil postos de trabalho na divisão de dispositivos médicos como parte de um esforço de reestruturação para economizar até US$ 1 bilhão por ano em custos.
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