RIO DE JANEIRO (Reuters) – O Conselho de Administração da rede de drogarias Brasil Pharma aprovou oferta restrita de até 211,6 milhões ações da empresa no montante mínimo de 400 milhões de reais, de acordo com fato relevante publicado nesta quarta-feira.
A empresa também disse que seu maior acionista, o BTG Pactual, foi recentemente procurado por interessados na aquisição da sua participação na companhia. No momento, contudo, não há qualquer definição de venda, de acordo com a companhia.
“O BTG Pactual foi recentemente procurado, de forma preliminar e não vinculante, por terceiros potencialmente interessados na aquisição da participação”, disse a Brasil Pharma. “Nesse momento, não há, entretanto, qualquer documento assinado ou qualquer definição de venda.”
A oferta de ações anunciada terá como objetivo destinar os recursos para o pagamento de dívidas e para o reforço do capital de giro da Brasil Pharma, de acordo com o documento. A BR Pharma teve prejuízo líquido de 420 milhões de reais nos primeiros nove meses do ano.
No início de dezembro, a empresa havia informado que seu plano era estabelecer um teto de 600 milhões de reais para a injeção de capital.
As ações da BR Pharma têm acumulado forte queda desde o final do ano passado, na esteira de especulações sobre se a oferta poderia enfrentar ventos contrários após André Esteves, ex-acionista controlador e presidente-executivo do BTG Pactual, ter sido preso na operação Lava Jato. O banco detém cerca de 37 por cento da companhia.
De acordo com cronograma divulgado pela empresa, o processo de coleta de intenções de investimento (bookbuilding) para a oferta será iniciado nesta quarta-feira e encerrado em 29 de janeiro.
Às 11:10, as ações da Brasil Pharma operavam em queda de 2,12 por cento, enquanto o Ibovespa, índice do qual não faz parte, tinha baixa de 1,52 por cento.
(Por Luciana Bruno)