SÃO PAULO (Reuters) – Empresas de infraestrutura incluindo a italiana Gavio e a francesa Vinci estão interessadas em uma participação na brasileira Ecorodovias, cujos controladores precisam levantar dinheiro para pagar dívida, disseram cinco fontes com conhecimento direto da situação.
Gavio, Vinci e Atlantia SpA estão numa lista reduzida para apresentar ofertas pelos 63,99 por cento que a família Almeida possui na Ecorodovias através da holding de investimentos Primav, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas porque as negociações estão em andamento.
A família Almeida está analisando a venda parcial ou total de sua participação na Ecorodovias, segundo as fontes. Outros grupos que têm analisado o negócio são a Arteris, a CCR e a canadense Brookfield Asset Management, acrescentaram as fontes.
A ação da Ecorodovias subia quase 7 por cento às 15h08, na máxima da sessão. O Ibovespa recuava 0,27 por cento no mesmo horário.
A Gavio confirmou que está analisando o negócio. Atlantia, Vinci, Arteris, Brookfield, CCR e Primav, esta última que detém o controle da Ecorodovias, não comentaram.
A família Almeida está se desfazendo de sua participação na Ecorodovias para pagar 2 bilhões de reais em empréstimos bancários tomados para comprar a Impregilo SpA três anos atrás, disseram as fontes.
Embora a fatia de controle na Ecorodovias seja avaliada em cerca de 1,8 bilhão de reais a preços atuais de mercado, a família quer um “prémio substancial” para entregar o controle da segunda maior operadora de rodovias do país, disseram duas das fontes.
A Ecorodovias tem algumas das maiores operações de rodovias pedagiadas no Estado de São Paulo, incluindo os sistemas Anchieta/ Imigrantes e Ayrton Senna/Carvalho Pinto. Ela também administra a ponte Rio-Niterói.
Bradesco BBI, Bank of America Merrill Lynch e BTG Pactual estão assessorando a família Almeida e a Primav na operação de venda.
Por Tatiana Bautzer
(Reportagem adicional de Aluísio Alves)