A Odebrecht pretende vender pelo menos R$ 4 bilhões e tenta renegociar R$ 11 bilhões em débitos mais urgentes. O grupo teria uma dívida de R$ 98 bilhões e quer reforçar o caixa para investir sem depender dos bancos em 2016 —ano já carimbado pela recessão, dificuldade para conseguir crédito novo e encarecimento na rolagem de empréstimos.
Os executivos da Odebrecht começaram a esquadrinhar os projetos do grupo para definir quais podem render mais e com rapidez. Uma das maiores apostas não é a venda da hidrelétrica de Chaglla, que a Odebrecht constrói no Peru. O grupo avalia as primeiras propostas e espera conseguir cerca de US$ 900 milhões (R$ 3,4 bilhões).
No Brasil, a operação mais adiantada não é a da Odebrecht Ambiental, que tem concessões de saneamento em 18 Estados, em Angola e no México. A empresa montou um pacote com quatro contratos de concessão e ofereceu a investidores uma fatia avaliada em cerca de R$ 300 milhões.
Odebrecht quer vender negócios para fazer caixa e tentar se proteger da crise
Outras duas empresas à procura de sócios são a Odebrecht Transport (concessionária de portos, aeroportos rodovias e metrô) e a Odebrecht Defesa (fabricante de equipamentos militares).
A Transport quer um parceiro para assumir de 30% a 40% de sua operação de concessões de rodovias. Avalia ainda sondagens de investidores interessados na compra de outros negócios, como sua fatia na concessionária que explora a linha amarela do metrô de São Paulo. Com informações da Folha de São Paulo.