A Vertu está sob nova direção. A fabricante britânica de smartphones de alto padrão foi vendida nesta semana para a Godin Holdings, um grupo de investimento chinês que também conta com participantes internacionais. Sua estrutura continua a mesma, bem como os quase 900 funcionários da empresa ao redor do mundo permanecem com seus empregos. A exceção não é o CEO, Massimiliano Pogliani, que deixa o cargo e ainda não teve um substituto revelado.
Você pode nunca nem ter ouvido falar da Vertu, e isso não seria nada estranho, levando em conta que a esmagadora participação da companhia acontece na Europa. Fundada pela Nokia em 1998, a empresa investe no setor de smartphones de luxo, utilizando materiais valiosos em sua composição e trazendo carcaças em couro e com aplicação de pedras preciosas, além de hardware poderoso e no nível das ofertas de médio e alto padrão do Android.
Na medida em que esse segmento sofria seu declínio, porém, as vendas da Vertu também começavam a cair, principalmente por conta da falta de esforços de expansão internacional. O que tornou a companhia, que já havia sido vendida em 2012, a ser atrativa a um novo grupo de investidores foi, justamente, uma ação da concorrência – a chegada do Apple Watch e seu foco não apenas como produto de tecnologia, mas também de estilo e moda, revitalizou o mercado de gadgets de alto padrão e, para a Godin, tornou a marca mais interessante.
Não se sabe o valor pago pelo grupo de investimentos na Vertu, nem os rumos que a empresa deve seguir daqui em diante. Recentemente, a empresa “baixou” os preços de alguns de seus smartphones de entrada como forma de atrair mais clientes. O aparelho mais básico da marca custa £ 7 mil, cerca de R$ 40 mil, mas a companhia possui opções de alto nível que já ultrapassaram a faixa dos £ 200 mil, mais de R$ 1,1 milhão.
O único a falar de forma mais aberta sobre o assunto foi o próprio Pogliani, que citou esta como uma boa hora para deixar a empresa, após três anos à frente dela, e seguir em busca de novos desafios. Ele não disse para onde vai, nem deu indicações de quem deve assumir o seu posto.
Fonte: Financial Times