A CCR anunciou nesta terça-feira, 20, que celebrou um Termo de Transferência de Ações sob Condições Suspensivas com a companhia argentina Benito Roggio Transporte (BRT), para ficar com o equivalente a 2% das ações preferenciais detidas pela BRT na Via Quatro, a concessionária da Linha 4 do Metrô de São Paulo, que não é controlada pelas duas empresas. Os papéis representam 1% do capital social da concessionária. A operação precisa ser aprovada pelos financiadores, não implica a alteração de controle acionário, segundo a CCR, e representa um exercício de direito de call pela companhia.
A companhia divulgou também uma resposta a um questionamento sobre uma eventual venda de uma fatia da CCR pela Andrade Gutierrez, como noticiou o jornal “O Estado de S. Paulo” de segunda-feira, 19. Segundo o comunicado ao mercado, a CCR entende que não há qualquer esclarecimento a ser feito, já que desconhece totalmente o assunto. A empresa alega que não participou ou tomou conhecimento de qualquer providência com esse intuito.
O grupo Andrade Gutierrez afirma, em comunicado enviado ao mercado ontem, que não tem a intenção de vender sua participação na CCR. A empresa ainda nega ter feito qualquer tipo de oferta a agentes do mercado em relação à venda de suas ações na empresa.
Segundo o jornal, a Andrade Gutierrez começou a ofertar parte de seus ativos para grupos e fundos de investimentos estrangeiros, tendo oferecido sua participação de 17% na concessionária CCR para pelo menos três grupos: os fundos Temasek e GIC, ambos de Cingapura, e a canadense Brookfield. Fontes ouvidas pelo jornal afirmam, contudo, que ainda não existem negociações firmes.
“A companhia não só nega sua intenção de venda de participação na CCR como reafirma seu compromisso com essa importantíssima investida que, à custa de muito esforço e dedicação de seus acionistas, conselheiros de administração, diretores, gestores e demais colaboradores, tem obtido grande sucesso, prestado grandes serviços à sociedade e gerado resultados muito relevantes para todos os seus acionistas”, diz a Andrade Gutierrez.