As pequenas e médias empresas (PME) devem aproveitar o atual momento de crise no Brasil para crescer. Essa não é a avaliação de Lito Rodriguez, fundador da DryWash. “É a hora da PME. Não tem jeito”, disse o executivo durante o evento Valor PME, realizado ontem, em São Paulo.
De acordo com o executivo, as companhias de menor porte podem se aproveitar do espaço deixado por companhias maiores em virtude dos escândalos de corrupção ou dos problemas da economia brasileira. Além de se associarem entre si para tocar projetos que as grandes não têm mais condições de tocar, elas podem ir ao mercado para contratar executivos e funcionários que foram demitidos.
Rodriguez falou de sua história e de como fundou a DryWash, uma companhia que atua em três frentes: a franquia de lavarápidos de mesmo nome, a MultiEco, que fabrica mais de 50 produtos de limpeza para veículos, e a Via Indicadores, que presta serviços para outras empresas nas áreas de tecnologia e melhoria de processos de negócios. Tallis Gomes, cofundador e expresidente do aplicativo de táxi Easy Taxi, também participou do evento.
Fora do comando da Easy Taxi desde outubro, mas ainda no conselho da companhia, Gomes está à frente, no momento da Singu, um aplicativo de beleza e bemestar. Ele funciona mais ou menos no modelo da Easy Taxi: o internauta solicita um prestador de serviço que vai atendê-lo em casa.
Lançado há dois meses, ele tem mais de 100 prestadores de serviços como manicures, cabeleireiros, maquiadores e massagistas nas cidades de São Paulo e do Rio. Com um modelo de negócios que prevê cobrança de 30% sobre as vendas feitas pelos prestadores de serviços, a companhia já tem receita de R$ 80 mil. Com aporte de um investidor, cujo nome ainda não pode ser revelado, Rocha disse que o desafio agora não é expandir a atuação da empresa.
Valor Econômico – SP