O Banco do Brasil e a Caixa podem voltar a fazer aquisições de instituições financeiras, como aconteceu em 2008 e 2009. A autorização foi dada pela presidente Dilma Rousseff por meio da publicação nesta segunda-feira (5) da medida provisória 695.
Em 2009, o BB adquiriu parte (49,99%) do banco Votorantim, cujo grupo econômico passava por dificuldades financeiras causadas pela alta do dólar na não época. No final do ano anterior, havia adquirido a Nossa Caixa.
No mesmo ano, a Caixa comprou parte do Panamericano, instituição que pertencia ao empresário e apresentador de TV Silvio Santos. Posteriormente, foram descobertas fraudes na contabilidade da instituição financeira.
A autorização para esse tipo de operação expirou em junho de 2011. A compra de uma parcela inferior a 50% visava manter essas instituições como braços privados dos bancos estatais, sem impor a elas restrições como, por exemplo, contratações via concursos públicos.
Em 2013, o BB chegou a oferecer R$ 2 bilhões por mais 25% do Banco Votorantim. A instituição suspendeu as negociações alegando instabilidade no mercado financeiro, mas não chegou a desistir totalmente do negócio.
RASPADINHA
Na mesma medida provisória, o governo incluiu um artigo para ampliar o uso da Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex), uma raspadinha destinada a arrecadar recursos para o futebol.
Na semana passada, o Conselho Nacional de Desestatização aprovou a criação da Caixa Instantânea S.A., subsidiária da Caixa que foi incluída no programa de privatização do governo e vai administrar as raspadinhas.
A Lotex poderá contar com outros temas “que possam aumentar a atratividade comercial do produto“, além do futebol, como eventos de grande apelo popular, datas comemorativas, referências culturais e licenciamentos de marcas ou personagens.