A Viasoft, empresa de software para agronegócio de Pato Branco, no Paraná, incorporou a Prodix, companhia do mesmo segmento de Rondonópolis, no Mato Grosso, formando a Agrotitan.
Não foram divulgados valores do negócio.
As duas empresas tem perfis de atuação complementares. A Viasoft atende cerca de 500 clientes, entre eles 100 cooperativas e 400 revendas de insumos, cerealistas, agroindústrias e sementeiras. A empresa tem 200 funcionários.
Já a Prodix atende não é focada em gestão de fazendas, armazéns e sementeiras, totalizando 100 grupos agrícolas. A companhia tem 50 colaboradores.
“O capital humano de ambas as empresas faz com que a marca Agrotitan já nasça preparada para dar grandes saltos no mercado nacional”, afirma Itamir Viola, diretor presidente da Viasoft.
O negócio cria um player nacional poderoso em um dos poucos segmentos da economia brasileira que parece imune à crise.
Apesar de ter registrado uma que acumulada de 0,2% nos primeiros cinco meses de 2015 (com o resto da economia em recessão), a expectativa não é que o PIB do agronegócio consiga crescer 1,2% em 2015, um ano no qual as últimas projeções indicam uma queda de 2,5% na economia como um todo.
Apesar de representar mais de 22% do PIB nacional, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o agronegócio responde por apenas 2% do mercado brasileiro de TI, de acordo com o IDC.
Os números não passam desapercebidos por grandes multinacionais no segmento de softwares de gestão como a SAP, que tem investido pesado em aumentar sua participação entre empresas de agronegócio.
Um dos primeiros contratos divulgados pela SAP, em 2013 a C. Vale, uma das maiores cooperativas agroindustriais do país, com faturamento de R$ 3,23 bilhões em 2012.
Depois vieram algumas mais, incluindo a Agrária, cooperativa agroindustrial sediada no Paraná, dona de um faturamento de R$ 2,24 bilhões em 2014.